No último final de semana, uma tempestade atingiu a cidade de Camboriú e destruiu uma estufa com uma plantação de maconha para fins medicinais. A estufa proporcionava uma melhor qualidade de vida à paciente Ana Paula Brandão, que usa a planta para tratamento de uma doença rara. Não sobrou nada da estrutura que o marido construiu. Da planta é extraído um óleo que alivia as dores de Ana, sendo a única medicação eficaz para o caso.
O casal sofreu uma perda de cerca de R$ 15 mil e, agora, precisa encontrar maneiras de reconstruir o espaço. Contudo, Ana não tem renda para comprar os materiais necessários, enquanto o marido também não trabalha por se dedicar à casa e ao cuidado da esposa.
Ana disse que ela e o marido “desmoronaram junto” com a estufa, quando viram o que aconteceu. “Foi uma luta muito grande para conseguir fazer essa estrutura, meu marido construiu com todo o carinho do mundo”, desabafou.
Relembre a história de Ana Paula Brandão
Ana diagnosticou um tumor raro na medula em 2014. A doença provoca a contração de todos os nervos do corpo ao mesmo tempo, causando dor e impedindo que permaneça em pé ou sentada. Ana, os médicos e o esposo apenas descobriram, sete anos e diversos tratamentos depois, que o óleo de canabidiol, originado da Cannabis sativa, é a única substância que alivia os sintomas.
Em 2020, o casal teve permissão da Anvisa para utilizar e exportar a substância da Inglaterra, mas os frascos não eram acessíveis. A partir daí, uma campanha foi criada para, na época, arrecadar fundos e conseguir o medicamento.
Em 2022, Ana, obteve na justiça o direito de cultivar maconha em casa para fins medicinais. Com a permissão, Ana pôde cultivar e produzir o óleo de canabidiol em casa.
Ao cultivar a cannabis em sua residência, Ana, tem acesso fácil ao extrato bruto da planta, que é mais eficiente do que o óleo utilizado em anos anteriores. Dessa forma, o tratamento se torna indispensável para melhorar a qualidade de vida dela.
Como ajudar Ana?
O casal agora procura maneiras para juntar dinheiro e materiais para reconstruir o espaço. Para isso, contam com a colaboração da comunidade. Para colaborar, você pode depositar um valor pelo Pix no número (47) 99150-1445 ou disponibilizar materiais de construção. Apenas a lona que foi destruída pelo temporal custa cerca de R$ 900 porque é uma espécie de tecido específico para jardinagem.