Desde que o presidente Lula assumiu o governo em janeiro deste ano, o Ministério do Desenvolvimento Social tem trabalhado intensamente na reestruturação do programa Bolsa Família. As alterações propostas incluem mudanças nas regras, valores e critérios de elegibilidade.
Uma das principais áreas de foco é a situação das famílias unipessoais e mães chefes de família. Estas representam aproximadamente 23% do público do Bolsa Família e 35% do público do Cadastro Único. Há suspeitas por parte do governo de que uma parcela desses beneficiários possa ter fornecido informações incorretas ao se cadastrarem ou atualizarem seus dados, visando receber o benefício.
Com a expectativa dos novos dados do censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Ministério do Desenvolvimento Social acredita que será mais fácil criar uma estratégia de seleção mais eficaz. O objetivo é identificar municípios com um número elevado de famílias unipessoais e famílias chefiadas por mães solteiras, para assim evitar pagamentos indevidos do Bolsa Família.
Contudo, é crucial esclarecer que o IBGE, através do seu censo, realiza pesquisas estatísticas e não tem uma relação direta com o programa Bolsa Família. A responsabilidade de determinar quem deve ou não receber o benefício recai sobre o CRAS e o Ministério do Desenvolvimento Social.
Aqueles que forneceram informações verdadeiras e estão dentro dos critérios do programa não têm motivo para preocupações. No entanto, os que forneceram informações falsas podem enfrentar consequências em futuras avaliações.