A diminuição de água no Rio Camboriú, que pode levar à impossibilidade de captação para tratamento e distribuição para a população de Camboriú e Balneário Camboriú, colocou diversos órgãos em alerta. Nesta segunda-feira, dia 18, representantes das duas Prefeituras, do Comitê Camboriú, Epagri, Câmara de Vereadores de Camboriú, Emasa e da concessionária Águas de Camboriú estiveram reunidos para discutir ações que possam solucionar o problema em curto e médio prazo.
Foram debatidas ações emergenciais para diminuir o impacto da escassez e planejadas estratégias que evitem, no futuro, situações ainda mais críticas. A presidente da Fundação de Meio Ambiente de Camboriú, Liara Rotta Padilha, relatou que uma comitiva vistoriou o interior de Camboriú no sábado para verificar o nível do rio em diversos pontos e também checar se havia alguma intervenção, como a construção de barragens, que pudesse estar prejudicando o volume de água no rio. “O que verificamos é que há escassez de água para todos. Muitas arrozeiras estão vazias. Precisamos nos unir para resolver, e não encontrar culpados”, defendeu ela.
O diretor geral da Emasa, Carlos Haacke, defendeu que resolver esse problema com ações de curto, médio e longo prazo é uma questão de sobrevivência das duas cidades. O prefeito Elcio Rogério Kuhnen destacou o diálogo entre as duas cidades: “Temos a união das prefeituras e a certeza de que sem água não há desenvolvimento para os nossos municípios”, afirmou.
Ainda nesta semana, os prefeitos das duas cidades deverão se reunir novamente para definir ações mais efetivas para melhorar a gestão da água. Há possibilidade de restrições de uso para algumas finalidades. “Temos um grande risco de ter o abastecimento comprometido caso não tenhamos um grande volume de chuva. Vamos tomar as medidas necessárias, mas precisamos também da colaboração da população. Sabemos da necessidade que todos têm de água, mas se não houver economia neste momento, poderemos ter uma situação mais grave em algumas semanas”, declarou ainda.
O presidente do Comitê do Rio Camboriú, Paulo Ricardo Schwingel, apontou que a principal ação emergencial que deve ser tomada é alertar a população para a necessidade de economizar água. “Precisamos comunicar a todos que não lavem calçadas, que evitem uso recreativo como piscinas e outras atividades com grande consumo, pelo menos até a primeira semana de janeiro, quando o consumo é muito maior que nas outras épocas do ano”, destacou ele.