Depois de 30 anos sem luz elétrica, Samuel Cardoso, de 58 anos, conseguiu instalar um sistema de energia para a sua residência, através do auxílio financeiro do projeto Produtor de Água, mantido e executado pela Empresa Municipal de Água e Saneamento de Balneário Camboriú (Emasa). Conhecido na região como “seu Guigo”, o proprietário rural faz parte do projeto desde de junho de 2018. A primeira parcela do Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), permitiu que ele desse entrada em placas solares, e há cinco meses o agricultor desfruta de energia renovável, gerada por meio de painéis que transformam a luz e o calor do sol em energia elétrica.
O projeto Produtor de Água do Rio Camboriú visa a recuperação das áreas de preservação permanente nas margens do Rio Camboriú com benefício a agricultores e como consequência a ampliação de água nos Municípios de Balneário Camboriú e Camboriú.
São 22 proprietários amparados pelo projeto. Eles possuem plantações, vivem do que produzem e são os próprios agentes e fiscalizadores ambientais das suas propriedades.
“São pessoas que normalmente já têm uma consciência ambiental, e sabem da importância das suas ações para a conservação da água. O projeto reconhece proprietários que já passaram a vida toda preservando e cuidando. É um incentivo para que eles continuem conservando”, explicou a engenheira ambiental da Emasa e responsável pelo programa, Rafaela Santos.
O processo é voluntário. Os proprietários se inscrevem e incluem uma parte da sua propriedade como área de conservação ou restauração. As inscrições são feitas através de chamamento publicado pela Emasa. O edital está disponível no site da Autarquia Municipal (www.emasa.com.br) e fica aberto durante todo o ano.
O valor do auxílio é calculado pela área inserida, e a cada seis meses o suporte técnico faz uma vistoria para liberar esse valor. A equipe técnica auxilia o morador com orientações e também faz os serviços de restaurações da região, plantio de mudas, cercamentos, regeneração, adubação e outros apoios necessários para o território.
O projeto conta com o apoio da Agência de Regulação de Serviços Públicos de Santa Catarina (Aresc) e comitê de Gerenciamento Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú e Bacias Contíguas.