Adequar as unidades escolares aos alunos com deficiências visuais ou auditivas ao contexto educacional, complementando o conteúdo pedagógico dado em sala de aula, no contraturno escolar. Esse é o principal objetivo do Polo Bilíngue do Departamento de Educação Especial da Secretaria de Educação de Balneário Camboriú, que trabalha com alunos surdos, cegos e mudos ou com deficiência visual ou auditiva, matriculados nas escolas do Município. O Polo Bilíngue tem sua sede no Centro Educacional Municipal Vereador Santa, no Centro da cidade.
Trabalhando no contraturno escolar, em conformidade com a meta do Plano Nacional de Educação, o polo oferece ensino de Libras e da Língua Brasileira em Braile, nas modalidades escrita e leitura tátil, do infantil ao ensino fundamental ou médio. “O Polo atende prioritariamente as unidades escolares da Rede Municipal de Ensino, mas se estende às escolas estaduais e particulares”, diz a diretora do Departamento de Educação Especial, Sandra Hoffmann, informando que hoje o Polo funciona com 21 alunos matriculados, mas que no decorrer do ano a tendência é aumentar, com o encaminhamento das escolas.
Ela explica que para esse encaminhamento os profissionais do Departamento da Educação Especial dão suporte e orientação aos professores, auxiliando na adaptação dos recursos utilizados em sala de aula, para que haja menos dificuldades dos alunos. “Esse suporte é estendido à família também. Essa é a verdadeira inclusão, quando o aluno com deficiência recebe atenção para acompanhar os demais colegas em sala de aula, devido ao suporte que recebe no contraturno”, complementa a Diretora.
Para este ano, o Polo Bilíngue traz uma novidade que é o trabalho desenvolvido com o coda, filho ouvinte de pais surdos. “A participação dos codas no Polo é importantíssima não só por eles aprenderem a se comunicar melhor com seus pais; mas pela vivência deles junto aos pais. Eles trazem a experiência do dia a dia em casa, já que muitos se comunicam com seus pais através de sinais por não ter conhecimento da lingua de Libras, o que enriquece o aprendizado de todo grupo”, acrescenta.
O Polo Bilíngue atua com três profissionais da área: uma professora de Libras, que é surda e possui um filho coda; uma professora de atendimento educacional especializado, e um especialista em Educação. Além de ensinar a linguagem de Libras e da Língua Brasileira em Braile, na modalidade escrita e leitura tátil, o Polo Bilíngue tem a função de socializar esses alunos, ajudando nas suas integrações na sociedade, quando ocorre a verdadeira inclusão. “Essa socialização é feita não apenas trabalhando o aluno de forma isolada, mas ele junto a sua turma na escola e junto a sua família”, finaliza ela.