Diferente do que tem sido disseminado por alguns portais, é importante esclarecer que o mar não está engolindo a Praia Central de Balneário Camboriú. O fenômeno ocorre apenas em um pequeno trecho da Barra Sul, onde a erosão costeira está causando o recuo da faixa de areia.
O recuo está concentrado em um trecho de 200 metros, compreendendo a área entre a rua 4800 e o molhe da Barra Sul. Essa extensão corresponde a apenas 3,4% da praia, que possui um total de 5,8 quilômetros.
Quando a obra de alargamento foi finalizada, a faixa de areia neste trecho media 180 metros, desde o calçadão até a beira do mar. Atualmente, esse espaço diminuiu para 110 metros.
Antes do alargamento, o trecho em questão não possuía praticamente mais nenhuma faixa de areia, e durante os dias de ressaca, o mar invadia a pista da Avenida Atlântica.
Imagens históricas mostram que este trecho sempre teve a faixa de areia reduzida:
O projeto da obra de alargamento já previa no perfil de construção areia a mais para suprir a conformação e equilíbrio da praia ao longo do tempo. Isso é naturalmente previsto e os especialistas davam o tempo de um ano a um ano e meio para ocorrer este equilíbrio, e isso está acontecendo.
Em março deste ano, a prefeitura iniciou uma licitação para contratar uma empresa para conter o recuo da praia neste pequeno trecho, optando pelo uso de geotubos, bolsas de contenção onde a areia pode ser depositada. A empresa responsável pelo projeto apresentou um orçamento de cerca de R$ 3,5 milhões, e a licitação foi homologada. A assinatura do contrato deve ocorrer em breve.
Em outubro de 2022, quando os “degraus” causados por ressacas na Barra Sul começaram a aparecer, o engenheiro Toni Frainer, Diretor de Planejamento e Gestão Orçamentária de BC e um dos fiscais da obra de recuperação da faixa de areia da Praia Central de Balneário Camboriú, fez um vídeo explicando o fenômeno, confira abaixo:
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