A Operação Luz na Infância 6 realizada pela Polícia Civil nesta terça-feira (18) cumpriu 16 mandados de busca e apreensão em Santa Catarina. A ação faz parte de uma força-tarefa nacional de combate aos crimes de exploração sexual praticados contra crianças e adolescentes na internet. Houve nove prisões no Estado.
Em Balneário Camboriú, um homem foi preso por armazenar arquivos de pornografia infantil, o outro mandado realizado na cidade não resultou em detenção.
Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Florianópolis (04), São José (01), Joinville (03), Blumenau (01), Criciúma (02), Lages (01), Itapiranga (01), Imbituba (01) e Balneário Camboriú (02). O Instituto Geral de Perícias (IGP) também participou da ação ao lado dos policiais civis nos endereços dos alvos, onde os peritos realizaram a perícia nos equipamentos informáticos.
Já as prisões em flagrante foram em Florianópolis (02), Joinville (01), Criciúma (02), Blumenau (01), Balneário Camboriú (01), Itapiranga (01) e Lages (01). Em Criciúma, um dos alvos também tinha mandado de prisão ativo por outra investigação.
O presidente do Colegiado Superior de Segurança Pública e Perícia Oficial e Delegado Geral da Polícia Civil, Paulo Koerich, acompanhou a Operação em Brasília, da sala do Centro Integrado de Comando e Controle Nacional (CICCN), do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Em Florianópolis, foi realizada pela manhã uma entrevista coletiva. A Operação se encerrou ainda pela manhã.
“A Polícia Civil de Santa Catarina reforça o seu importante papel no combate a este tipo de crime realizando mais uma operação Luz na Infância no Estado, que resultou em nove prisões em flagrante. As investigações prosseguirão”, afirmou a Delegada Geral Adjunta, Ester Coelho, salientando ainda o serviço do disque denúncia (181 ou WhatsApp 48-98844-0011) da instituição.
O delegado da 6ª Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso da Capital (DPCAMI), Gustavo Kremer, destacou o trabalho de investigação e monitoramento virtual feito pela Polícia Civil de SC, em tecnologia idêntica aos meios de apuração das polícias referências pelo mundo. “A Polícia Civil está atenta a este crime virtual e com as nossas ferramentas de investigação chegamos aos alvos”, ressaltou.
Os mandados de busca e apreensão cumpridos no Estado foram identificados pela Polícia Civil com base em elementos informativos coletados em ambientes virtuais com indícios suficientes de autoria e materialidade delitiva.
A Operação Luz na Infância 6 conta com a colaboração da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, por meio da Adidância da Polícia de Imigração e Alfândega em Brasília (US Immigration and Customs Enforcement-ICE), oferecendo cursos, compartilhamento de boas práticas e capacitações que subsidiaram as cinco fases da operação.
No Brasil, a pena para quem armazena esse tipo de conteúdo varia de 1 a 4 anos de prisão, de 3 a 6 anos pelo compartilhamento e de 4 a 8 anos de prisão pela produção de conteúdo relacionado aos crimes de exploração sexual.
Participaram da entrevista coletiva em Florianópolis a Delegada Geral-Adjunta, Ester Coelho, o diretor de Inteligência, delegado Alfeu Orben e o delegado da 6ª DP/DPCAMI da Capital, Gustavo Kremer, o diretor do Instituto de Criminalistica do Instituto Geral de Perícias (IGP), Thiago Petry e o perito Wilson Leite.