A organização da 6ª Parada da Diversidade de Balneário Camboriú se reuniu na noite de segunda-feira, dia 06, para tratar sobre o planejamento do evento que acontecerá no dia 18 de novembro. O tema deste ano é “Por uma vida TRANSbordante: travestis, mulheres e homens trans existem e resistem”, contemplando o segmento trans, que também é vítima da transfobia.
O percurso será o mesmo do ano passado com concentração na Avenida Atlântica, na Barra Sul a partir das 14h, e caminhada com saída às 17h pela mesma via, seguindo em direção a Praça Almirante Tamandaré em apenas umas das pistas, onde acontece o encerramento às 19h.
“Haverá trios elétricos temáticos e presença de artistas da cidade e região. Blocos das transexuais e lésbicas e festa de encerramento em uma casa noturna. Estamos buscando apoio de empresas, bem como de alguns aplicativos. Além disso, vamos realizar uma palestra sobre o tema homofobia e trabalho aos gays”, disse Fernando Lisboa, um dos organizadores.
O encontro contou também com a participação da Associação das Mães Pela Diversidade, que abrirão a caminhada deste ano, Grupo Amigos & Tribos, Plasticine Eventos Drag Night, Grupo Semear Diversidade e Associação da Parada da Diversidade, que é a organizadora oficial.
“Estou muito feliz pela participação e envolvimento de todos integrantes do grupo LGBT. É a primeira vez que reunimos todo ou parte dele para a realização da parada. É um sonho sendo realizado, pois penso que uma parada tem que envolver a todos indistintamente. Todos são e estão sendo chamados a participar e realizar o evento. Partindo das mães, drag’s, gays, transexuais, lésbicas, bissexuais, travestis, e inclusive heteros, porque é um evento de todos”, enfatizou Lisboa.
Assim como em outros anos, a organização já encontra resistência da Prefeitura, na realização do evento. “Ao contrário do que muitas pessoas pensam, a gente não quer dinheiro público, só queremos a garantia da organização do trânsito, apoio logístico como banheiros químicos, até mesmo porque vem muita gente de fora. Contamos com o apoio da Prefeitura, porém, por garantia de direitos, já procuramos o Ministério Público”, conta o presidente da Associação da Parada da Diversidade, Nei Laurentino.
No ano passado a organização também precisou acionar o Ministério Público para garantir a realização. A decisão teve por base o princípio da igualdade e foi dada em resposta a um mandado de segurança proposto pela 6ª Promotoria de Justiça. “O promotor Dr. Rosan da Rocha é um grande parceiro na garantia dos direitos em nossa cidade, assim como a juíza Adriana Lisbôa, da Vara da Fazenda Pública, que ano passado determinou que a prefeitura permitisse o evento”, conclui o presidente.