A Polícia Federal e a Receita Federal deflagram nesta terça-feira (15/3) a Operação Vertigem, que tem como objetivo reprimir e desarticular esquema de lavagem de dinheiro operacionalizado por meio da negociação e aquisição de apartamentos de alto padrão na cidade de Balneário Camboriú/SC, que foram subsidiados com recursos oriundos do tráfico internacional de drogas.
Foram expedidos 5 mandados de busca e apreensão para cumprimento nas cidades de Itajaí/SC, Balneário Camboriú/SC e Arapongas/PR. Também foi decretado o sequestro de um imóvel de luxo, que é objeto da lavagem de dinheiro.
As investigações revelaram que o esquema criminoso se deu mediante a realização de negócios jurídicos fraudulentos custeados com dinheiro de procedência ilícita, havendo ainda o subfaturamento do valor dos imóveis e a utilização de laranja como forma de ocultar a identidade do real adquirente, que seria um narcotraficante internacional, chefe do grupo criminoso, responsável pela remessa de diversos carregamentos de cocaína para a Europa através do Porto de Paranaguá/PR.
Em relação a um dos imóveis objeto da lavagem, verificou-se indícios do envolvimento da construtora responsável pelo empreendimento, consubstanciado no fato de ter recebido grande quantia de dinheiro em espécie sem qualquer formalização contratual ou a devida comunicação aos órgãos competentes.
O trabalho é um desdobramento da Operação Enterprise, deflagrada pela Polícia Federal no dia 23/11/2020 em diversos Estados da Federação e no exterior para combater um conglomerado de organizações criminosas vocacionadas ao crime de tráfico internacional de drogas. A investigação deflagrada hoje recai sobre a lavagem de dinheiro perpetrada por um dos principais integrantes desta estrutura criminosa desmantelada na Operação Enterprise.
Os investigados responderão pelo crime de lavagem de dinheiro, com penas que podem variar de 3 a 10 anos para cada ação perpetrada.
A construtora FG informa que não tem qualquer relação direta com o investigado. Segue nota:
A construtora informa que o imóvel investigado foi vendido para um cliente da empresa em 2013 e, posteriormente, o mesmo imóvel vendido por esse cliente para um terceiro em 2019, não tendo a construtora qualquer relação com este terceiro que é investigado.
Adriana Laffin
Assessora de comunicação da FG Empreendimentos