O modelo de Israel, que transformou a nação de apenas 7 milhões de habitantes na meca das startups (empresas de novas tecnologias e inovação), pode ajudar Itajaí a gerar novas oportunidades de negócios e empregos. No primeiro dia da missão catarinense em Tel Aviv, a delegação itajaiense visitou a universidade local e a fábrica de drones e sistemas militares e de segurança Aeronautics.
“É interessante porque o modelo desenvolvido aqui inclui a valorização não só dos casos bem sucedidos, mas também daqueles fracassados, que numa eventual persistência de novas ideias constroem o caminho do sucesso. Vamos trazer para Itajaí muito desta experiência de ‘Israel- uma nação startup’, para fazermos da nossa Itajaí também uma cidade startup”, avaliou o prefeito Volnei Moratoni. Segundo ele, a universidade apresentou para a comitiva catarinense um modelo de incentivo às startups, com a criação de um fundo, próprio, que recebe recursos não apenas do governo, mas também da iniciativa privada.
Israel é, atualmente, a nação que promove mais investimentos em pesquisa e desenvolvimento (P&D). São cerca de 4,5{4125bb665561d79462ee3aa78aea8a6b16d8aaa126e427fc5b7694ffa5bed32d} do seu PIB (Produto Interno Bruto). Só para se ter uma ideia, os Estados Unidos investem 2,7{4125bb665561d79462ee3aa78aea8a6b16d8aaa126e427fc5b7694ffa5bed32d} do PIB e o Brasil cerca de 1,2{4125bb665561d79462ee3aa78aea8a6b16d8aaa126e427fc5b7694ffa5bed32d}. O país está à frente, por exemplo, do Japão, que investe 3,2{4125bb665561d79462ee3aa78aea8a6b16d8aaa126e427fc5b7694ffa5bed32d}.
Segundo levantamento do governo israelense, o país chega a ter um startup para cada 1,8 mil cidadãos – são cerca de 3,8 mil empresas. Esse movimento fez com que o país se tornasse, também, terreno fértil para as empresas de venture capital (aquelas que investem em novas iniciativas, mesmo com risco), o que contribui para aumentar o dinheiro em circulação. O investimento nesta área, em Israel, é 80 vezes maior que o registrado na China e 350 vezes superior ao valor injetado na Índia. Israel ainda possui centros de desenvolvimento de grandes empresas de tecnologia, como é o caso da Microsoft, que a delegação catarinense também deve visitar.