A coleção arqueológica do Museu de Antropologia e Ciências Naturais, localizado no Complexo Ambiental Cyro Gevaerd (Zoo), está de visual novo. Com patrocínio da Lei de Incentivo à Cultura de Balneário Camboriú (LIC), o ambiente de exposição do acervo foi repaginado por meio do projeto “Da Escavação ao Museu”. O acervo guarda os resquícios da aldeia indígena que havia em Laranjeiras, em Balneário Camboriú, três mil anos atrás.
Nesta quarta-feira (29), às 10h30, o processo de concepção e pesquisa do novo visual da coleção arqueológica será explicado em uma live que poderá ser acessada pela bio do Instagram @zoologicobc. Participam da live o designer Vinícius Nunes Rocha e Souza, a museóloga Angela Peyerl e o historiador Nildo Teixeira.
A verba de R$ 20 mil da LIC foi toda direcionada à comunicação visual do museu, incluindo a nova marca. Já os investimentos em mobiliários, vitrines e demais serviços de infraestrutura foram feitos pela direção do Instituto Catarinense de Conservação da Fauna e Flora (ICCO), que administra o complexo.
Como contrapartida ao patrocínio da LIC, o museu criou o espaço inclusivo Sítio-Escola, uma proposta de educação patrimonial em que estudantes poderão vivenciar o cotidiano de um arqueólogo. Com objetos como peneira, pincel e pá, os alunos experimentarão como é achar um fragmento de cerâmica, osso ou artefato. O Sítio-Escola será ativado em 2022, mediante agendamento de escolas.
Conheça a história da coleção arqueológica
O padre João Alfredo Rohr iniciou escavações na Praia de Laranjeiras em 1977, retomando os trabalhos em 1978 com novas descobertas. Isso movimentou a Praia de Laranjeiras e tornou-a centro das atenções. Parte do material resgatado no local passou a fazer parte do acervo do Museu Municipal, anos depois transferido para o Complexo Ambiental da então Citur/Rodofeira, equipamento recém-inaugurado na época.
O que havia em Laranjeiras eram duas importantes jazidas arqueológicas de uma aldeia indígena com mais de três mil anos. De um lado da praia, estava um vasto sambaqui (acumulações constituídas de conchas de moluscos formadas ao longo de milhares de anos pelas populações que habitavam regiões litorâneas) e, do outro, um extenso sítio de sepultamento. Para o Museu de Antropologia e Ciências Naturais, localizado no Complexo Ambiental Cyro Gevaerd, foram direcionados 18 sepultamentos, fogões, objetos líticos (artefatos antigos produzidos pelo ser humano com pedra lascada ou polida) e cerâmicas, além de um bloco-testemunho, corte de terra pertencente ao sítio arqueológico. A outra parte dos achados arqueológicos seguiu para o Colégio Catarinense, em Florianópolis, reduto de Padre Rohr.
Serviço
O que: Museu de Antropologia e Ciências Naturais
Onde: Complexo Ambiental Cyro Gevaerd (Zoo), localizado na BR-101, Km 137, Balneário Camboriú- SC
Horário de visitação: todos os dias, das 8h30 às 18h
Ingresso: R$ 30 adulto, R$ 15 (de 6 a 12 anos), R$15 idosos
Menores de 5 anos acompanhados de responsáveis não pagam