“Fruto do apelo popular quem se tem testemunhado quanto à necessidade extrema da realização de cirurgias eletivas, diante de filas inacabáveis, até porque a cirurgia eletiva é programada e não é considerada de urgência em que o médico agenda o dia e o horário para sua realização conforme mapa cirúrgico do hospital e a ocasião mais propícia, ou seja, tratando-se de ação passível de planejamento e com muita tranquilidade e simplicidade de ação, basta atitude de gestão”, informa a vereadora Juliana Pavan (PSDB).
A parlamentar passa, ainda, algumas informações disponibilizadas no Portal da Prefeitura. “Numa passada rápida, apenas por alguns procedimentos que estão em fila das cirurgias eletivas, os números assustam, no geral, são centenas de pessoas de todas as idades, muitos idosos e crianças, que, conforme a página oficial da saúde de Balneário Camboriú, aguardam, por exemplo, ortopedia infantil, 32; oftalmoplástica – correção cirúrgica são 308, urologia, 77; varizes, 70; ortopedia MC, 43. Enfim, além de outras mais como ginecológicas, bucomaxilo etc. Os números assustam e a população tem o direito ao seu atendimento”, informa.
Os números oficias não podem ser somente um resultado da pandemia da Covid 19. “Já se nota um motivo expressivo de preocupação a quantidade de pacientes das cirurgias eletivas, nas filas e, várias requisições, datam de antes da pandemia, o que comprova a necessidade de um espaço exclusivo para os procedimentos, que não o Hospital Municipal Ruth Cardoso, cuja rotina, já é assoberbada em atendimentos, devido a sua alta demanda”, justifica Juliana.
Com preocupação, a parlamentar comenta que o fato de que ela – a cirurgia – pode ser postergada por até 1 (um) ano sem causar grandes problemas ao paciente. “A morosidade parece que faz com que alguns serviços caiam no esquecimento, a falta da realização deixe pacientes ansiosos, bem como seus familiares e não tem razão de ser, este sofrimento e espera angustiante, ainda que pareçam procedimento ‘não tão urgentes’, as pessoas se perguntam, por exemplo, a ausência de visão pela catarata, não seria algo grave e urgente? ” Questiona.
Balneário Camboriú tem pressa e as pessoas ainda mais. “A saúde pública, além de um direito inalienável ao cidadão é uma questão inerente ao respeito com o ser humano. Famílias inteiras sofrem com a lentidão da grande maioria de procedimentos, onde se soma a necessidade das cirurgias. Quando indico que haja um local específico, cabe a municipalidade refletir e encontra-lo, ainda que seja em outra cidade, onde há estruturas, à exemplo do Hospital Cirúrgico de Camboriú e do Hospital de Penha, entre outros”, reforça a vereadora.
Para Juliana Pavan, é responsabilidade indissociável à gestão municipal a proposição do cuidado com nossa geste. “Nossa cidade possui capacidade para absorver uma tarefa que já é sua, cuidar das pessoas, mas é necessário que se tome posição e se realize a gestão deste tão imprescindível serviço de saúde coletiva, as pessoas viverão com mais qualidade de vida e haverá o desafogamento das esperas infindáveis que constrangem, fazem sofrer e são uma demonstração clara de ausência de prioridade do governo municipal.
Saúde é uma política pública prevista na Constituição Federal, entre os artigos 196 e 200, “é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação” (Artigo 196). “Atenção, zelo e compromisso com a condição humana precisam parar de parecer favores ou moeda de troca para muitos, afinal é um dever dos gestores, que devem ter competência para gerir e não complacência para a inoperância no setor”, finaliza a vereadora.
Indicação N.º 3054/2021: https://www.balneariocamboriu.sc.leg.br/proposicoes/Indicacoes/0/1/0/122539