A Comissão Hospitalar de Transplante (CHT) do Hospital Municipal Ruth Cardoso já captou seis órgãos – entre fígados, rins e córneas – no início de 2022. O Ruth Cardoso já foi duas vezes líder na captação de órgãos em Santa Catarina, além de ter sido reconhecido pela Central de Transplantes do Estado pelo auxílio na doação de órgãos.
Desde 2015, o Hospital realizou mais de 250 captações de órgãos e 126 captações de tecido ocular. Em 2021, a unidade foi responsável pela notificação de 29 casos de morte encefálica, com 15 doações efetivas, atingindo 51,7% de efetivação no ano, superando a média estadual de 40,4%.
“São dois tipos de doações existentes: as de órgãos, como fígado, coração e rim; e a de tecidos, como córnea e medula óssea. As duas devem ter a autorização familiar, portanto é muito importante comunicar o desejo ainda em vida. O procedimento de doações de órgãos funciona como uma cirurgia tradicional. É uma escolha que salva vidas”, explica o diretor de enfermagem do Ruth Cardoso, Ricardo Brodersen.
Também é possível ser um doador de órgãos enquanto vivo. Para isso, deve-se ter mais de 18 anos e boas condições de saúde. Doadores vivos podem ceder um dos rins, parte do fígado, parte da medula óssea ou parte do pulmão, para familiares de até quarto grau. Para não parentes é necessária uma autorização judicial.
Doação de órgãos
A doação de órgãos é uma decisão da família, ato assegurado pela Lei nº 9.434, de 4 fevereiro de 1997, que institui a legalidade sobre a remoção de órgãos, tecidos e partes do corpo humano para fins de transplantes e tratamento, caso seja de livre vontade e autorizado pelo doador ou familiar responsável.