A audiência de conciliação entre o Sisemcam-Sindicato dos Servidores Municipais de Camboriú e o executivo, teve saldo positivo para a categoria.
Após 15 dias de greve, a mais longa do ano no estado, o magistério sai fortalecido da queda de braço travada contra a Prefeitura.
Na negociação, o desembargador Odson Cardoso Filho concedeu um adicional e um abono para os professores, que somarão R$ 723,00 mensais a mais no salário.
Para as monitoras, o abono foi de R$ 200,00 e ficou garantida a permanência no plano de carreira do magistério. A Prefeitura queria pagar apenas R$423,00 aos professores, nada as monitoras e ainda migrar a categoria para o quadro geral de servidores.
As punições administrativas pedidas na ação judicial (processo administrativo passível de demissão, bloqueio de contas e criminalização dos servidores) foram retiradas. O magistério terá de repor as aulas e ao sindicato caberá o pagamento de multa de R$ 50 mil em 25 parcelas.
Outra decisão do desembargador, foi de que fonoaudiólogos e psicólogos que atuam na educação deverão fazer parte do quadro geral, a partir de agora. A pedido do sindicato, a gratificação de 30% sobre o vencimento base será mantido.
Para a presidente do Sisemcam, Luciana Sobota, o movimento foi histórico pois nunca houve um enfrentamento tão grande e que ao final, conseguiu senão o ideal, mais do que era oferecido inicialmente pelo menos executivo.
“A partir de hoje, os governantes de Camboriú terão que pensar duas vezes antes de barganhar nossos direitos. Saímos maduros e vencedores desta greve”, comemorou.
As aulas retornam normalmente na quarta-feira, dia 2, a partir do meio dia.