Desde que a Conmebol introduziu o modelo de “final única” em suas competições em 2019, o futebol sul-americano tem enfrentado uma série de desafios e consequências. Esta mudança impactou as finais da Copa Sul-Americana, especialmente em relação à capacidade de público nos estádios e à experiência dos torcedores. Neste artigo, exploraremos como este modelo tem afetado o futebol sul-americano e suas torcidas, utilizando como exemplo a final da Copa Sul-Americana de 2023 entre LDU de Quito e Fortaleza.
Finais Únicas: Desafios e Oportunidades
O modelo de final única, inspirado no futebol europeu, trouxe tanto desafios quanto oportunidades para o futebol sul-americano. A ideia era criar um grande evento de uma única partida, mas a realidade tem mostrado dificuldades significativas. A capacidade limitada dos estádios escolhidos para sediar essas finais tem sido um dos maiores problemas.
No caso da final da Copa Sul-Americana de 2023, o estádio Domingo Burgueño, em Maldonado, Uruguai, tem capacidade para apenas cerca de 25 mil espectadores. Isso representa menos de um quarto do público que poderia ser acomodado em estádios como o Casa Blanca, em Quito, ou o Castelão, em Fortaleza. É um evento que leva as casas de apostas ao rubro e não perca a oportunidade de usar o bônus para apostar com a Sportingbet, site de aposta presente na Sportytrader.
O Impacto nas Finanças dos Clubes e na Experiência dos Torcedores
As finais únicas não apenas prejudicam a experiência dos torcedores, mas também afetam as finanças dos clubes. Afinal, a presença maciça das torcidas em finais é uma fonte importante de receita. Com a limitação de público e a dificuldade de deslocamento, os clubes enfrentam perdas significativas em termos financeiros.
Outra questão crucial é a importância das torcidas locais. O futebol sul-americano sempre foi conhecido pela paixão e fervor de suas torcidas. No entanto, as finais únicas têm prejudicado a possibilidade das torcidas locais participarem ativamente da celebração do título. A festa das dezenas de milhares de torcedores locais, que antes lotavam os estádios em finais de ida e volta, tem sido limitada pela obrigatoriedade de realizar o jogo em território neutro.
Comparação com Finais Anteriores
Em contraste com as finais únicas, as finais de ida e volta proporcionavam momentos mágicos para o futebol sul-americano. Um exemplo vívido foi a final da Copa Sul-Americana de 2018, onde Junior Barranquilla e Athletico Paranaense atraíram quase 80 mil torcedores ao total, com estádios lotados tanto no Estádio Metropolitano (39 mil) quanto na Arena da Baixada (40 mil).
No ano anterior, em 2017, 50 mil torcedores se reuniram no Estádio Libertadores da América, do Independiente de Avellaneda, e mais outros 62 mil no Maracanã, casa do Flamengo. Esses números representam mais de 110 mil pessoas celebrando a final com paixão e festa.
Nas finais de ida e volta, não apenas os torcedores locais, mas também os visitantes puderam participar em números compatíveis com a realidade de deslocamento. Além disso, os espaços especiais para patrocinadores, dirigentes e convidados estavam presentes em quantidade que respeitava a grandiosidade da ocasião.
Embora o modelo de final única possa ser vantajoso para a Conmebol e o marketing, tem sido prejudicial para a experiência dos torcedores e para a imagem do futebol sul-americano. A limitação de público, a dificuldade de deslocamento e a falta de envolvimento das torcidas locais têm impactado negativamente as finais da Copa Sul-Americana.
É importante considerar se esse modelo realmente beneficia o futebol sul-americano como um todo ou se é hora de repensar a maneira como as finais são realizadas. A paixão das torcidas é um dos maiores ativos do futebol sul-americano, e é fundamental garantir que elas possam celebrar e apoiar seus clubes de forma significativa nas finais.