Produzido em Balneário Camboriú em 2017, o filme “Asfixia” foi o ganhador de quatro prêmios no I Festivou Audiovisual Independente Brasileiro. Patrocinado pela Lei Municipal de Incentivo à Cultura (LIC) da Fundação Cultural, o média-metragem também recebeu indicações em outras nove categorias (confira no fim da matéria os prêmios conquistados e as indicações).
Proposto na LIC por Edson de Souza Köche Junior, o filme foi idealizado pelos diretores Lay Venancio e Rafael Sylos e teve no elenco, como protagonista, o ator global Jackson Antunes. Jackson interpretou Gervásio, um pescador em conflito com a filha. A obra trata do endurecimento das convicções e da falta de diálogos. A história se passa no Bairro da Barra e na Praia do Estaleiro. No elenco estão também dois atores da cidade: Luciano Estevão e Luiza Santos (escolhida para a trama por meio do Projeto Oficinas, da Prefeitura de Balneário Camboriú).
Os diretores paulistas Lay Venancio e Rafael Sylos escolheram Balneário Camboriú como cenário ao perceberem a abundância de elementos regionais no município, com uma cultura pesqueira sólida. Eles já tinham estado na cidade antes, para gravar um curta-metragem. “A LIC foi (e continua sendo) o principal incentivo para as manifestações culturais de Balneário Camboriú, não só na área do audiovisual, mas em muitas outras frentes. Sem ela, o filme provavelmente não teria sido realizado tão cedo”, revela Sylos.
Média-metragem envolveu mais de 30 profissionais
Durante as filmagens, o média-metragem mobilizou uma equipe de mais de 30 profissionais. Produzida pela Koche Filmes, a obra contou com Dagma Castro na produção-executiva e Núcleo Filmes na coprodução. “Estamos muito felizes e orgulhosos pelo Asfixia ter trazido quatro prêmios para Balneário Camboriú e com um produto da nossa LIC. A grandeza disso é que entregamos para comunidade um filme lindo. Conseguimos trazer – com um recurso pequeno para produção de cinema – um ator nacional, uma equipe com mais de 30 profissionais, envolver a cidade numa produção e levar nossas paisagens para muitos lugares. Por isso, precisamos trabalhar muito e mais nos incentivos de lei e organizar nossa BC Filme, instituída por decreto desde 2013 e que precisa virar lei”, diz a produtora-executiva, Dagma Castro. A BC Filme (Balneário Camboriú Film Commission) tem a função de fornecer assistência a projetos filmados ou gravados no município e atrair produções audiovisuais.
O Festival
O Festivou é organizado por uma plataforma de streaming chamada originou.com, que tem como objetivo divulgar longas, séries, curtas e médias-metragens brasileiros independentes. Os vencedores foram anunciados na noite de terça-feira (1º). “A premiação do nosso filme só veio consolidar algo que nós já sabemos: temos aqui muitos profissionais talentosos e somos capazes de fazer filmes competitivos. E a indústria do audiovisual tem potencial imenso para crescer e contribuir com geração de emprego e renda da cidade. Precisamos é manter os investimentos nesse setor que tem muita vontade de produzir e boas histórias para filmar”, comenta Edson de Souza Köche Junior, proponente do projeto do filme na LIC.
O filme pode ser assistido pelo originou.com, que tem uma assinatura de R$ 9,90.
Os prêmios conquistados por “Asfixia” como média-metragem
– Melhor média-metragem
– Melhor direção (Lay Venancio e Rafael Sylos)
– Melhor roteiro ( Rafael Sylos)
– Melhor ator principal ( Jackson Antunes)
Indicações ao prêmio:
– Melhor ator coadjuvante (Luciano Estevão)
– Melhor atriz principal (Luiza Santos)
– Melhor direção de fotografia (Jaques Rangel)
– Melhor direção de arte (Celi Pará)
– Melhor figurino (Celi Pará)
– Melhor maquiagem (Fabiana Thives)
– Melhor edição (Jaques Rangel)
– Melhor som (Diego Dambrowski)
– Melhor trilha sonora (É Doce Morrer no Mar”, de Dorival Caymmi e Jorge Amado, na voz de Luiz Vincentini e violão de Jairo Adriano, e “Tirana da Rosa”, de domínio público, com interpretação de Jackson Antunes)