A Epagri/Ciram divulgou a previsão climática para os meses de fevereiro, março e abril. Em fevereiro a chuva continua com valores próximos da média climatológica na maior parte do estado e acima da média na Grande Florianópolis, Litoral Norte e Vale do Itajaí. A chuva tende e diminuir nos meses seguintes, ficando abaixo da média em março e abril, em todas as regiões catarinenses.
Em fevereiro e primeiros dias de março a chuva convectiva (curta duração) típicas de verão ocorre com frequência entre a tarde e noite, por vezes também na madrugada. A média mensal é de 150 a 230 milímetros em fevereiro, mais alta no Litoral. A média mensal em março é de 110 a 130 milímetros do Oeste ao Planalto e mais alta no Litoral e Vale do Itajaí, de 150 a 200 mm. Em abril a média é de 90 a 170 mm, mais altos no Planalto e Litoral.
Durante o trimestre, os episódios de precipitação normalmente ocorrem associados à passagem rápida de frentes frias e trovoadas da tarde. A partir de março ciclones extratropicais atuam com mais frequência no litoral do Uruguai, Rio Grande do Sul e Santa Catarina causando vento intenso, mar agitado com ressaca e perigo para a navegação no Litoral catarinense.
Temperatura: Até o final do verão a temperatura fica na média climatológica em todas as regiões de Santa Catarina. Em fevereiro pelo menos uma onda de calor, atuando por alguns dias consecutivos no estado, deve manter alta a temperatura.
Temperatura da Superfície do Mar (TSM):
As águas continuaram frias no Pacífico Equatorial no último trimestre, com valores de TSM em torno de -1,5°C a -2,0°C, nos El Ninho 3 e 4; e próximo a -1,0°C a 1,5°C no El Ninho 1+2 em dezembro (Figura 1). No Pacífico Equatorial, além da temperatura abaixo da média, os ventos ficaram mais intensos nos baixos níveis da atmosfera (ventos Alísios), a convecção diminuiu na linha de data e aumentou na região da Indonésia configurando o padrão de La Ninha. Nos últimos dias de janeiro foram registrados valores de -1,5 a -3,0°C (Figura 2). Os modelos numéricos de previsão indicam que o fenômeno La Niña persiste até o começo do outono, com intensidade fraca a moderada.
Elaboração do boletim: Marilene de Lima (Meteorologista)
Previsão do Fórum Climático: EPAGRI/CIRAM, IFSC e NSC.