Pobreza menstrual, um dos temas que a vereadora Juliana Pavan já trouxe à tribuna no início do mandato com o projeto Borboleta de Menarca, vetado pelo prefeito, e que vem sendo muito discutido nacionalmente na câmara de deputados, senado federal e demais municípios do Brasil.
O fato é que uma a cada quatro meninas não tem acesso a esse item de higiene básica, e que mesmo tendo o acesso o assunto menstruação não é abertamente discutido, o que leva a desinformação para as meninas que acabaram de ter seu primeiro ciclo. Não podemos ignorar que financeiramente é um gasto que algumas mulheres não têm condição de arcar e que biologicamente “sangrar” por um período todos os meses é inevitável.
Tendo em vista o agravamento da condição financeira das famílias também por conta da pandemia é comum relatos de mulheres que usam miolos de pão, jornais, panos entre outros itens que não garantem a saúde, por não terem a procedência ou a limpeza correta, acarretando em doenças.
Diante dessas informações, e com um projeto de saúde pública da parlamentar sendo negado à sociedade, muitas mulheres sugeriram alternativas para ajudar meninas que vivem essa realidade, assumindo a responsabilidade para si de mais uma área defasada do poder público.
A Gracie Barra, uma comunidade mundial de jiu-jitsu, teve a iniciativa, por meio das suas professoras faixa-preta de todo o Brasil, de arrecadar absorventes durante o mês de outubro para encaminhar para as mulheres socioeconomicamente carentes das respectivas cidades que sediam a escola. A nossa cidade de Balneário Camboriú, conta com uma escola de Jiu-jitsu Gracie Barra no Bairro dos Municípios, na Rua Pernambuco, regida pela professora Silvana Flores e que esteve recebendo doações durante todo o mês de absorventes descartáveis e no último sábado (23) promoveu um aulão social de jiu-jitsu tendo a orientação da Silvana, uma aula de yoga com a professora Fernanda Dorneles e uma conversa com a nutricionista Juliana Guesser onde o “ingresso” era colaborar com a arrecadação.
A Vereadora Juliana Pavan participou dos aulões e também vai intermediar as doações para a secretaria de educação, onde duas ou mais escolas receberão e distribuirão conforme a necessidade.
Juliana ressalta: “Uma ação social, idealizada por mulheres incríveis, que veio num momento propício e que ao menos neste mês podemos considerar uma vitória para as mulheres e meninas da nossa região”.