A Secretaria da Pessoa Idosa estava cheia nesta segunda-feira (01) para a comemoração do Dia Internacional do Idoso. Cerca de 350 vovôs e vovós puderam jogar bingo com prêmios que eles mesmos trouxeram e acompanhar o lançamento de cinco livros feitos por alunos da Oficina Histórias da Minha Vida. Os idosos puderam cantar no show de talentos e uma das atrações foi Eulina Silveira, conhecida por cantar clássicos da seresta em Balneário Camboriú.
Atualmente, 33% da população da cidade é composta por pessoas acima de 60 anos de idade. “Balneário Camboriú tem muito o que comemorar na questão dos idosos, pois hoje nós somos referência nacional nisso, já que cidades de vários estados do Brasil vêm até aqui para se inspirar no nosso modelo, para conhecer a nossa metodologia. Segundo a Organização Mundial da Saúde, uma cidade boa para o idoso é boa para qualquer faixa etária”, disse a secretária da Pessoa Idosa, Christina Barichello.
A Secretaria da Pessoa Idosa (SPI) possui 7200 idosos cadastrados. Ao todo, são 87 oficinas dos mais variados tipos e gostos, desde aquelas que incentivam a prática de atividades físicas até aquelas que trabalham a saúde mental e aprendizado dos idosos. O destaque da comemoração foi a Oficina Histórias da Minha Vida, que impulsiona a prática da escrita dos alunos. No evento, cinco deles puderam lançar e autografar livros que fizeram ao longo dos meses.
Audalice Martins, conhecida como Alda, é a professora da oficina. “Nesta oficina nós fazemos com que as pessoas consigam escrever sua biografia, contar a sua história, que se torna um livro. Eles vão se lembrando de episódios da vida e relatam o que passaram nesses episódios. No final, elas se transformam em histórias maravilhosas, é muito emocionante ler um livrinho desses”, comenta.
Maria do Carmo de Carvalho, de 66 anos, foi uma das alunas que pôde lançar o livro. “É meu sonho desde criança escrever um livro. Fiquei sabendo da oficina ano passado, então me matriculei. Somos privilegiados de morar em uma cidade como a nossa. Nós temos opções de lazer e cultura aqui. Há décadas atrás uma pessoa de 60 anos já era velha, hoje em dia fazemos muitas coisas. Fiz pós-graduação depois de me aposentar, e ainda pretendo cursar mestrado e doutorado”, relata.