A partir desta quarta-feira (25) e até outubro de 2022, filmes de ficção, animações e produções experimentais serão exibidos na tela grande de cinema da Arthousebc (Rua São Paulo, 581, Bairro dos Estados, Balneário Camboriú), com o patrocínio da Lei de Incentivo à Cultura de Balneário Camboriú (LIC).
A primeira sessão vai ser com o filme “Como era gostoso o meu francês”, de Nelson Pereira dos Santos, às 19h30. As exibições têm entrada gratuita e fazem parte do projeto “Cineclube Filosofia: Identidades, Fronteiras e Alteridades” (confira no fim do texto a programação completa).
No “Cineclube Filosofia”, serão apresentados e discutidos filmes com temáticas relacionadas à construção de identidades e produção de alteridades, de acordo com o proponente do projeto, Aliakim de Sá. As discussões começam após cada exibição, com a participação de convidados de diferentes áreas, como professores, psicólogos e artistas.
Conforme o curador do projeto, Bruno Reiser, foram selecionados filmes que tratam da aproximação ou do confronto entre culturas e identidades, além dos confrontos de identidade dentro do próprio indivíduo. “Cinema e sociedade questionam-se e entram em tensão dialética constante na medida em que o cinema reflete a sociedade e essa tem naquele uma de suas formas mais preponderantes de expressão de si mesma”, comenta Bruno.
A programação completa com agenda, fotos, sinopses, trailers e cartazes dos filmes pode ser conferida no site www.arthousebc.com . “Desejo que o cineclube se torne uma referência na cidade e ocorra a cada ano, com temáticas contemporâneas diversas”, diz Aliakim.
FILMES PROGRAMADOS:
(informações completas dos filmes no site www.arthousebc.com )
25/05 – 19h30 – Como era gostoso o meu francês (de Nelson Pereira dos Santos, 1971, 84 min)
15/06 – 19h30 – Profissão: repórter (The passanger, de Michelangelo Antonioni, 1975, 126 min)
06/07 – 19h30 – O planeta selvagem (La planète sauvage, de René Laloux, 1973, 72 min)
27/07 – 19h30 – Sermões: a história do Padre Antônio Vieira (de Julio Bressane, 1989, 78 min)
17/08 – 19h30 – O inquilino (Le locataire, de Roman Polanski, 1976, 126 min)
07/09 – 19h30 – Aguirre: a cólera dos deuses (Aguirre: der Zorn Gottes, 1972, de Werner Herzog, 95 min)
28/09 – 19h30 – Persona (Ingmar Bergman, 1966, 85 min)
19/10 – 19h30 – Mary e Max: uma amizade diferente (Mary and Max, de Adam Elliot, 2009, 92 min)
SOBRE O FILME DESTA QUARTA-FEIRA
“Como era gostoso o meu francês”, de Nelson Pereira dos Santos (Aventura, Drama – 84 min – 16 anos – Brasil – 1971 – Condor Filmes)
Sinopse: No Brasil de 1594, um aventureiro francês fica prisioneiro dos Tupinambás. Enquanto aguarda para ser executado, o estrangeiro aprende os hábitos dos índios e se une a uma indígena, que tenta ajudá-lo a fugir. / Trailer: https://youtu.be/N4I9qEuZ3vY
Curiosidade: Quase todos os diálogos são escritos e falados na língua indígena nativa brasileira Tupi, traduzido pelo cineasta pioneiro brasileiro Humberto Mauro. O filme foi ameaçado de ser vetado pela censura brasileira por retratar abundante nudez frontal, uma questão que foi ridicularizada por historiadores e pesquisadores de povos nativos brasileiros.
Direção: Nelson Pereira dos Santos / Roteiro: Humberto Mauro e Nelson Pereira dos Santos/ Direção de Fotografia: Dib Lutfi / Produção: Luiz Carlos Barreto, Cesar Thedim / Trilha Sonora: Guilherme Magalhães Vaz / Montagem: Carlos Alberto Camuyrano.