A denominação popular da “lua de sangue” tem a ver com o aspecto do satélite quando ocorre um eclipse lunar total. “A lua penetra totalmente na umbra, isto é, na sombra total da Terra, sem receber nenhuma luminosidade do sol. Por conta da nossa atmosfera, vemos ela como vermelha”, explica a pesquisadora da coordenação de astronomia e astrofísica do Observatório Nacional, Josina Nascimento.
Nesta quarta-feira (31), o fenômeno da lua de sangue ocorreu entre 10h51 e 12h07 (horário de Brasília) e pôde ser visto dos seguintes locais: quase toda a Austrália, parte leste da Ásia, extremo oeste do Canadá, noroeste dos Estados Unidos da América. Dessa vez, os brasileiros não tiveram oportunidade de conferir a beleza da lua de sangue, mas entre 27 e 28 de julho, teremos outra oportunidade: um eclipse lunar total poderá ser visto no extremo leste do País.
Lua Azul
Ao contrário da lua de sangue, este fenômeno não significa uma mudança na aparência da lua, portanto, em nenhum lugar do mundo o céu estará especialmente mais bonito. A lua azul é apenas o nome dado à segunda lua cheia do mês. Em janeiro, a lua estava cheia em 1º de janeiro e, novamente, nesta quarta-feira (31).
“Este fenômeno não é raro, ocorre todos os anos uma ou duas vezes. O que é raro é a lua azul ocorrer no mesmo dia que o eclipse e a superlua”, explica Josina Nascimento. No entanto, esse evento não tem, explica Josina, nenhum significado científico e trata-se apenas de uma “coincidência”.
Superlua
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
A distância entre a lua e a Terra não é sempre a mesma. A órbita do satélite tem pontos mais próximos e mais distantes do planeta. Quando a lua está cheia e, além disso, passando próxima ao perigeu (ponto mais próximo da Terra), quem observa o céu tem a impressão de que ela está maior, e esse fenômeno ficou conhecido como superlua.
“A superlua de hoje não está tão próxima da Terra, mas a uma distância menor do que a corriqueira. Além de maior, durante a superlua, ela parece estar mais brilhante para quem observa”, esclarece Josina. O fenômeno, segundo ela, ocorre cerca de três vezes ao ano.
Fonte: Governo Brasil, com informações do Mctic, do Observatório Nacional e da Prefeitura de Americana