Nesta terça-feira (22), durante o 1º Seminário de Avaliação e Aprimoramento do Gasto Público, a Ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou que o governo precisará examinar minuciosamente um esquema de fraude relacionado aos benefícios do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) durante o mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), conforme indicado pelo TCU (Tribunal de Contas da União).
Segundo o TCU, houve um “aumento substancial” no número de beneficiários, resultando em um montante de benefícios pagos pelo INSS que chegou a R$ 1 trilhão.
Esse valor engloba benefícios previdenciários, como pensões e aposentadorias, que foram pagos entre junho e dezembro de 2021.
Inicialmente, calculou-se que cerca de 10% desses benefícios poderiam conter “equívocos ou atividades fraudulentas”.
O objetivo do processo de revisão minuciosa é reduzir essas irregularidades para uma faixa de 1% a 2% em relação ao total, segundo Tebet.
Ela enfatizou que manter as irregularidades em 1% ou 2% seria suficiente para restaurar o orçamento dos ministérios, que enfrentariam inicialmente uma perda de recursos em 2024 em comparação a 2023.
A Ministra explicou que essa mudança representaria um valor aproximado entre R$ 10 bilhões e R$ 20 bilhões.
Esse montante é vital para restabelecer o equilíbrio orçamentário de todos os ministérios e evitar a redução de recursos no próximo ano.