Nesta semana o BC Notícias recebeu denúncias de moradores do Bairro Jardim Parque Bandeirantes, sobre uma obra da prefeitura de Balneário Camboriú na Rua Bartolomeu Bueno da Silva. De acordo com os moradores, a obra está parada e a vala localizada ao lado da rua estaria recebendo esgoto bruto da estação de tratamento da Emasa, causando mau-cheiro e transtornos aos moradores da região.
Na tarde desta quarta-feira (15), a vereadora Juliana Pavan visitou o local para verificar a situação de perto. Segundo a parlamentar, a obra em questão foi iniciada após os alagamentos ocorridos no final do ano passado, mas encontra-se parada há algum tempo. O material despejado na vala está emitindo um forte odor que afeta a saúde e o bem-estar dos moradores, explicou a vereadora.
Após as denúncias, a Emasa esteve no local na manhã desta quinta-feira (16) e constatou que a tampa de um antigo poço de inspeção foi rompida acidentalmente pela Secretaria de Obras do município, durante a obra de limpeza da vala. A empresa ressalta que o material lançado na vala não era esgoto bruto, como sugerido pelas denúncias, mas sim o efluente final da ETE, com qualidade superior ao captado em sua fase inicial. A EMASA reitera que, apesar da eficiência da ETE estar um pouco abaixo do que sempre entregou, não houve extravasamento de dejetos.
Confira a nota da EMASA na íntegra:
Na manhã desta quinta-feira (16), o diretor-técnico da EMASA, Alexandre Motta, foi procurado pelo Jornal Página 3 de Balneário Camboriú que o informou sobre a extravasão de efluentes, oriundos da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), em uma vala localizada na Rua Bartolomeu Bueno da Silva, no Jardim Parque Bandeirantes.
Imediatamente, uma equipe técnica da Emasa se deslocou até o local para verificar a ocorrência. Com base na constatação in loco percebeu-se que:
– A vala em questão recebe recorrentemente manutenção da Secretaria de Obras do Município para prevenir o assoreamento da mesma. Em razão disto, possivelmente, em sua última manutenção feita pelo maquinário da Secretaria de Obras, de forma acidental, rompeu-se a tampa de um antigo poço de inspeção, este localizado ao lado da referida vala e utilizado ainda durante a gestão da Casan.
– Na matéria publicada pelo site do Página 3, a vereadora Juliana Pavan alega que a vala recebe dejetos da ETE e da antiga lagoa desativada, dando a entender que o efluente apresentado na mesma matéria jornalística, através de um vídeo feito por uma moradora próxima do local, trata-se de esgoto bruto ou qualquer tipo de efluente lançado sem nenhum tratamento, o que não é verdade.
“Para fins de esclarecimento, vale a pena salientar que apesar da eficiência da ETE (em termos de remoção de matéria orgânica) estar um pouco abaixo do que sempre entregou, não podemos considerar que tenha ocorrido extravasamento de “dejetos”, como mencionado. A antiga lagoa facultativa se encontra desativada desde 2012, e o excedente da mesma é resultante da chuva, ou seja, não há contribuição de esgoto nas lagoas” explica a engenheira química e mestre em Engenharia Ambiental, Tânia Pedrelli, servidora efetiva da Emasa.
– O material lançado acidentalmente na vala, após o rompimento da tampa do poço de inspeção pelo maquinário da Secretaria de Obras, refere-se ao efluente em sua última fase de tratamento pela estação, o qual possui qualidade muito superior ao que foi captado em sua fase inicial.
Na mesma tarde, através da deliberação do diretor geral da Emasa, Douglas Beber, uma equipe foi enviada para solucionar o ocorrido e vedar a tampa do poço de inspeção.
A Emasa, através de sua diretoria, ressalta que existe à disposição dos moradores de Balneário Camboriú os telefones (47) 3261-0000 e 0800-643 6272, para que situações como esta possam ser solucionadas.
Ainda informa que, a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) é composta especialmente por profissionais técnicos, efetivos e altamente gabaritados para exercer a administração operacional da estação.