O atendimento a pessoas com transtorno do espectro autista foi lembrado em todo mundo, no sábado, dia 18, por ocasião do Dia do Mundial do Orgulho Autista, que foi instituído para informar a sociedade sobre as características únicas das pessoas diagnosticadas com algum grau do Transtorno do Espectro Autista (TEA) e busca normalizar a neurodiversidade, ou seja, o reconhecimento de que o funcionamento cerebral de algumas pessoas é diferente do que é considerado típico.
A data chamou a atenção da vereadora Juliana Pavan sobre a situação das crianças vivendo com espectro autista em Balneário Camboriú. O gabinete da parlamentar na Câmara de Vereadores tem recebido muitos pedidos de pais de crianças e jovens com autismo reclamando que a espera por atendimento em Balneário Camboriú tem sido grande e não estaria comportando a demanda.
Eles relatam ainda que o tratamento de pacientes com autismo só é feito através de entidades como a Associação de Pais e Amigos do Autista – AMA Litoral, e com um número limitado de atendimentos, já que o serviço não é oferecido na rede de saúde municipal.
Na visão da vereadora Juliana Pavan (PSDB), a AMA Litoral presta um serviço de excelência e que é fundamental, mas para a parlamentar é nítido que a oferta de atendimento no município precisa ser urgentemente ampliada, pois a demanda não para de crescer e há, inclusive, relatos de pais que tem encontrado muita dificuldade para obter o laudo médico atestando a doença, já que a fila de espera para atendimento em Neurologia Pediátrica, tem 589 crianças aguardando desde do ano de 2018.
Por essa razão a vereadora está solicitando esclarecimentos do poder público via Indicação para saber do executivo municipal como está a política de atendimento aos pacientes com autismo em Balneário Camboriú. No documento, a parlamentar questiona quantos encaminhamentos foram realizados pela secretaria de saúde para atendimento de Neurologia Pediátrica nos anos de 2018, 2019, 2020, 2021 e 2022.
E também quer saber qual a previsão da secretaria de Saúde em zerar a fila de espera para atendimento de Neurologia Pediátrica e se existe a possibilidade de a prefeitura contratar uma empresa para realizar os atendimentos e encaminhamentos dessas crianças para o devido tratamento.
“Segundo relatos que recebo da comunidade, a causa do Autismo precisa de um aparato melhor para atender os pacientes com transtorno de espectro autista em Balneário Camboriú. Não se pode abandonar os pacientes em uma fila de espera atrasando o início do tratamento, tendo em vista que o transtorno do espectro autista não tem cura”, pontuou Juliana.