O vereador Lucas Gotardo, do Novo de Balneário Camboriú, compartilhou nesta quarta-feira (13) uma publicação com as respostas recebidas da prefeitura sobre o alargamento da praia central.
Os questionamentos foram encaminhados ao Poder Executivo através de pedido de informação 215/2021, após muitas dúvidas de internautas chegarem ao edil, e não estarem esclarecidas, até aquele momento, no site da Nova Praia Central.
O vereador recebeu respostas de perguntas técnicas sobre o alargamento, enviadas pela secretária do Meio Ambiente, Maria Heloísa Beatriz Cardozo Furtado Lenzi, confira:
1 – Qual é o coeficiente runoff ou escoamento superficial para as chuvas torrenciais em direção ao mar?
Resposta da prefeitura: Para a Bacia do Rio Camboriú, a extensão média do escoamento superficial é de 0,077km.
2 – A obra de alargamento trará impacto ao perfil de banho e onda originário da praia? Demonstrar, se possível, as previsões de balneabilidade.
Resposta da prefeitura: Não haverá grandes impactos para o perfil de banho. O projeto foi feito para manter a declividade natural da enseada. No entanto, a acomodação da areia na parte submersa da praia depende da ação da maré. Na parte sul, onde a obra já está realizada, não houve alteração significativa da declividade.
Quanto às amostras de balneabilidade, os últimos relatórios do IMA demonstram que mesmo nos pontos onde a obra está acontecendo, a água continua própria para o banho.
3 – Há estudos sobre impacto do alargamento nas áreas conhecidas como “Maxim” e “Marambaia” (áreas propícias para a prática de surf)?
Resposta da prefeitura: Sim, foram feitas modelagens para avaliar o efeito da obra nas ondas e não deverá acontecer grandes alterações após a praia atingir o perfil projetado. Caso ocorram, poderá melhorar as ondas para a prática do surf.
4 – Há relatos do aparecimento de conchas em alta concentração na orla da praia. Estas conchas são advindas do alargamento da faixa da areia? Existem estudos de impacto na biodiversidade da área?
Resposta da prefeitura: Sim, as conchas vieram da jazida sedimentar e são biodetritos, ou seja, restos de organismos marinhos (moluscos).
Sim, existem estudos de impactos de biodiversidade realizados no EIA/RIMA e durante e após a obra, será feito o monitoramento 24 horas por dia da biota aquática e das aves. A realocação das conchas não representa um impacto significativo, uma vez que, como explicado, era um banco de biodetrito.