A concessionária Águas de Camboriú apresentou ao Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú, na noite de quarta-feira (21), o projeto para implantação do sistema de tratamento de esgoto e captação e distribuição próprio de água no município. A proposta contempla metas do plano de ação do Comitê para gerenciar os recursos hídricos e eventos hidrológicos críticos na área de abrangência dos municípios de Balneário Camboriú e Camboriú. Entre as metas previstas está a de reduzir em 70% o lançamento das cargas orgânicas na bacia até 2027. Estudos técnicos da concessionária apontam que são despejados diariamente 9 mil metros cúbicos de esgoto no Rio Camboriú.
O projeto de esgoto apresentado prevê investimentos de cerca de R$ 120 milhões. O plano contempla uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), instalação de 280 quilômetros de rede, construção de 30 elevatórias, melhoria dos indicadores de saúde e despoluição do Rio Camboriú. Segundo a diretora executiva das águas de Camboriú, Thaís Forest Gallina, pela proposta, a concessionária prevê a universalização do sistema de esgoto do município em 10 anos, tempo contato a partir do começo das obras.
O projeto preliminar foi desenvolvido com base nas áreas em expansão da cidade e de acordo com o plano diretor de Camboriú. Pela proposta, os investimentos necessários para a implantação do sistema ficarão sob responsabilidade da concessionária. Carlos Roma Junior, presidente da Águas de Camboriú, explica que para implantação do projeto é necessário a assinatura de um termo aditivo contratual, incluindo no escopo do contrato as obras de esgoto como responsabilidade da Águas de Camboriú. “A proposta que estamos trazendo é o conjunto mais econômico de soluções para o saneamento de Camboriú, incluindo a implantação do sistema próprio de água e de esgoto”, explicou.
De acordo com o presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú, Gilmar Pedro Capelari, a implantação de um sistema de tratamento de esgoto em Camboriú é prioridade absoluta. “Nós (comitê) temos uma preocupação muito grande com a poluição, pois tem reflexos econômicos e sociais que precisam ser resolvidos”, disse. Na reunião, o Comitê (representado por 14 entidades da região) deliberou que vai levar a proposta do projeto apresentado pela concessionária para ser debatida com o prefeito Élcio Rogerio Kuhnen, como a alternativa para resolver o problema do esgotamento sanitário no município.