Na manhã desta quinta-feira (04) a Polícia Civil concedeu uma coletiva de imprensa sobre o crime envolvendo Paulo de Carvalho Souza e Lucimara Stasiak.
Paulo foi preso em flagrante por ocultação de cadáver e preso preventivamente por tempo indeterminado por feminicídio, podendo cumprir pena de 12 a 30 anos por feminicídio e de 1 a 3 por ocultação de cadáver.
De acordo com o laudo do IGP (Instituto Geral de Perícias) Lucimara sofreu 14 facadas, principalmente no tórax e abdômen, além de marcas no pescoço e um ferimento na testa, a advogada ainda possuía marcas no braço, indicando que tentou se defender.
O delegado Ícaro Malveira disse na coletiva de imprensa desta manhã que não acredita que Paulo estava em surto psicótico durante o crime, devido a todo planejamento que Paulo criou para manter o cadáver no apartamento durante os seis dias.
Paulo teria deixado o ar condicionado em uma temperatura muito baixa, além aplicar produto de limpeza no corpo da vítima, assim como ter muito gelo no apartamento, tudo isso para disfarçar o odor do corpo de Lucimara.
Chegou a conhecimento dos policias que Paulo já teria tentando se matar em outra ocasião e que o mesmo fazia uso de anti-depressivos, porém o delegado alegou que, o fato de ingerir remédios controlados não é motivo para atentar a vida de outrem de tal forma.
Acredita-se que a motivação do crime tenha sido devido algum problema relacionado a relação amorosa dos dois.
Entenda o caso:
O advogado Paulo de Carvalho Souza de 42 anos é suspeito de matar Lucimara Stasiak de 29 anos a facadas há cerca de 6 dias, e manter o corpo dentro do apartamento com gelo, supostamente para disfarçar o cheiro, no edifício Ilha de Paquetá, rua 3150 no centro de Balneário Camboriú.
Paulo é advogado, assim como Lucimara.
Os vizinhos teriam suspeitado de Paulo pois ouviram uma briga entre o casal na última quinta-feira, e após isso Lucimara não foi mais vista, além disso os vizinhos notaram a entrada de Paulo com sacos plásticos e gelo, e acionaram a polícia.
Os policias do BOPE conseguiram entrar no apartamento e confirmar a morte de Lucimara, porém, Paulo se trancou na sacada, pedindo que ninguém se aproxima-se, caso contrário iria se jogar do sétimo andar.
O corpo de Lucimara permaneceu no apartamento durante toda a ocorrência, para que o local do crime não fosse alterado, enquanto Paulo não se rendesse.
Paulo disse aos policias que teve um surto psicótico e achou que esfaqueava aranhas e não Lucimara.
De acordo com a PM, um amigo de Paulo afirmou que o advogado tem um histórico de crises, já foi internado e atualmente toma remédios controlados.